
Palavra do fundador
“Somos pessoas comuns: cidadãos, trabalhadores, filhos, pais, irmãos; inconformados com a realidade injusta e cruel que nos cerca todos os dias. Entendemos que assim como o bom samaritano, nós também temos por obrigação exercer amor ao próximo, para com aqueles que nos cercam, independentemente da sua cor raça, sexo, credo ou posição social. Para isso, unimos nossas forças para transformar a realidade daqueles que, momentaneamente estão incapazes de fazer algo por si mesmos ou por sua família. E temos certeza de que juntos podemos muito mais. Contamos com você: Bom Samaritano!“
Wanderly Santos
Fundador do Instituto Mãos Solidárias
Sempre que tentamos nos colocar no lugar daqueles que sofrem, nosso sentimento muda em relação ao outro
Sempre que passo por uma criança em situação de vulnerabilidade, eu não consigo desviar o meu olhar. Há mais de seis anos convivo diariamente com pessoas nessa situação e mesmo depois deste tempo, a situação em que vivem me aflige e incomoda. Na verdade, acredito que isso nunca mudará porque, caso um dia eu não me sinta impactado com a dor das crianças, terei deixado de amar meu próximo e, consequentemente, de seguir os ensinamentos do Senhor da minha vida.
Por onde passo, invariavelmente, me deparo com a dura realidade da população do Sol Nascente. E em cada um daqueles rostos sofridos existe uma história, um sonho, uma vida deixada para trás.

Sempre que tentamos nos colocar no lugar daqueles que sofrem, nosso sentimento muda em relação ao outro. Isso não é fácil. Muito pelo contrário, é um difícil exercício de altruísmo, pois nos despimos de nós mesmos e nos vestimos com a dor do outro. Apesar da dor que isso cause, é a melhor forma de vermos o próximo com um olhar mais sensível, mais amoroso, até experimentarmos uma mudança de atitude.
E se fosse eu? Como eu gostaria de ser visto? Quem poderia me ajudar? Do que preciso hoje? São perguntas que, provavelmente, não terão respostas objetivas, mas que podem ter ações positivas em relação a nós mesmos e aos outros. Uma mudança de atitude que pode provocar ondas de amor, solidariedade e altruísmo.

Vivemos em uma sociedade egoísta em que falta tempo para olhar e pensar no outro. A correria do dia a dia nos faz passar pelo sofrimento alheio sem querer lançar-lhe um olhar de pesar. Na maioria das vezes, é mais rápido e eficaz desviar os olhos e seguir nosso caminho.
Mas, e se fosse você? Gostaria de ser tratado assim? Gostaria de ser ignorado? Certamente que não.
Não estou propondo que você se aproxime do Sol Nascente e nem que dedique todo o seu tempo de descanso a distribuir dinheiro, comida ou atenção. Mas proponho que você encontre uma forma de demonstrar que você se importa com o seu próximo, seja participando de um grupo de voluntários, seja contribuindo financeiramente, seja passando um dia com os mais humildes . Só você saberá o que melhor se adequa ao seu contexto e o que fará bem ao seu coração, contando que faça com muito amor.
